As varizes são veias que se apresentam dilatadas, tortuosas e alongadas, por isso se tornam visíveis e deixam de conduzir o sangue de forma adequada causando sensação de peso nas pernas, dor, cansaço, inchaço, formigamento, queimação, coceira e em casos mais avançados da doença escurecimento da pele e até mesmo formação de ulceras de membros.

As telangiectasias, também conhecidas como “vasinhos” são pequenas veias avermelhadas ou azuladas aparentes nos membros inferiores, com diâmetro que varia de 0,1 mm até 1 mm. Elas podem aparecer espalhadas irregularmente nos membros inferiores, entretanto, o mais comum é que se manifestem em conglomerados de intensidades variáveis. Apesar de mais frequente nas mulheres, também acomete os homens.
As varizes, diferente das telangiectasias, são veias tortuosas e dilatadas, com diâmetro acima de 3 mm.

Uma boa avaliação do paciente e das varizes é o passo fundamental para se programar um tratamento com resultado duradouro. Primeiro são coletadas informações gerais sobre a saúde do paciente e depois uma avaliação das membros inferiores com exame físico geral, mapeamento das varizes e logo em sequencia uma ecografia vascular com Doppler para avaliação de veias sanefas e varizes internas doentes. A partir disso, é montado um plano de tratamento para o paciente levando em consideração o sintomas e as queixas estéticas apresentadas.

Os tratamentos existentes são vários, mas o mais importante é mesclar as técnicas a fim de conseguir um melhor resultado. Podemos utilizar escleroterapia líquida, espuma densa, laser transdérmico, microcirurgia, termoablação e cirurgia convencional. Cada caso é único e merece uma avaliação detalhada para o tratamento seja o mais adequado e satisfatório possível.

A resposta é depende. Os planos de tratamento são muito variados e a quantidade de varizes a serem tratadas, os sintomas e as queixas estéticas é que vão nortear o tempo de tratamento. Em média os planos variam de 3 a 12 meses de acompanhamento.

Sim. Embora não seja a única razão para o surgimento de varizes, a herança genética é responsável por cerca de 90% dias casos de varizes. Lembro sempre que, hereditariedade não é condenação genética. Como a doença é multifatorial, podemos atuar de várias formas para impedir e retardar o aparecimento de novas varizes.

Na gestação as varizes são mais presentes. Isso se deve ao fato de que nessa fase da vida da mulher há um aumento no volume sanguíneo o que ocasiona um pressão extra sobre os vasos sanguíneos principalmente dos membros inferiores. Soma-se ainda a pressão do útero gravídico sobre os vasos da pelve e a elevação dos níveis de progesterona que provoca relaxamento na parede dos vasos sanguíneos.

O fato de permanecer muito tempo em pé ou sentando não é a causa de varizes, mas esse hábito pode acelerar o aparecimento de varizes em quem tem predisposição genética. Nessas posições, há a diminuição da ação dos músculos da panturrilha sobre as veias e isso dificulta o bombeamento de sangue de volta ao coração. Essa pressão aumentada de sangue nas pernas pode contribuir para o aparecimento de varizes, mas principalmente para o surgimento dos sintomas como dores, cansaço e inchaço nos pés.

Não. E não existe mágica e nem cremes milagrosos que resolvam uma doença crônica e progressiva. O melhor, sempre, é procurar um profissional habilitado que entenda o seu problema e faça um bom planejamento para o seu caso. Há várias técnicas e tecnologias disponíveis para o tratamento moderno de varizes e nem tudo serve para todo mundo. O tratamento individualizado é o segredo do sucesso.

Na prática da atividade física, fortalecemos nossos músculos, principalmente as panturrilhas, e auxiliamos o retorno do sangue do pé em direção ao coração. Então a prática de atividade física além de melhorar a circulação, contribui de forma geral para melhora da saúde. Lembro sempre que existem diversos graus de varizes e atividades físicas de alto impacto devem ser bem avaliadas para quem tem graus mais avançados da doença.